quarta-feira, 25 de abril de 2012

O Homem "Superior"

“O homem superior atribui a culpa a si próprio; o homem comum aos outros”. – Confúcio



Uma das primeiras coisas que o “homem superior” aprende é que ele não é Deus. E, acompanhando o comportamento cotidiano da grande maioria dos humanos, como parece ser difícil entender isso. A verdade é: nada somos e nada temos. E, quem não tem nada e nada é, não pode se achar melhor do que aqueles que, como ele, nada tem e nada são. Esta é a grande verdade que precisa ser entendida: neste fugaz mundo ninguém pode, e deve, se achar melhor que ninguém. Santo Agostinho diz “que no orgulho e na vaidade encontram-se a raiz de todos os pecados”. É, talvez, a maior de todas as verdades. Nada nos afasta mais de Deus do que o orgulho e a vaidade. Estes dois graves defeitos nos impedem de olhar os outros como irmãos, nos fazem sentir “diferentes e especiais” e determinam o nascimento em nós do sentimento de separatividade. Este sentimento conduz à perpetuação do erro motivo do incessante mergulho no mundo da manifestação: nos sentirmos com “deuses”.


 Nada mais triste que ver um rico que olha o mundo do seu topo como soberano. Na verdade, se realmente soubesse a verdade veria que nunca esteve tão abaixo de todos. A soberba ampliada é pura ignorância. E, talvez, a maior delas. O mais grave é que este comportamento não é característico apenas dos que possuem o nada achando que possuem tudo. Não! É comum encontrar quem nada tem com comportamentos até piores dos que aqueles que acham que o que “possuem” vale alguma coisa. Como diz Santo Agostinho: “Não há riqueza mais perigosa do que uma pobreza presunçosa”. O rico “pobre” não é, na verdade, rico. O pobre “rico”, apesar de pobre é, na verdade, “riquíssimo”. “É mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha que um rico entrar no céu” diz o Evangelho. É preciso analisar bem a que tipo de “rico” este trecho sagrado se refere. Ao rico “rico” e ao pobre “rico” com certeza.


 Gente! O que vale 80 ou 100 anos vividos neste mundo? Por mais “gloriosos” que possam parecer, nada representam.


No momento final a moeda que conta, que tem valor, é aquela que traz impressa a esfinge do próximo. Qualquer outra nem nos acompanha em nossa viagem em direção ao Juiz.


Paz e Felicicidade.