De forma inconsciente, ou mesmo consciente, multiplicam-se pelo mundo afora sistemas e métodos ditos espirituais que garantem ser possível conquistar o céu por meio de forças adquiridas e desenvolvidas na terra. É Babel do passado que, mesmo com a dramática advertência de seu simbolismo, acende em milhões de almas a certeza de que isso, na verdade, sempre foi possível. Muitos dirão que o sucesso de tal empreitada depende apenas que se evite repetir certos erros. Sinceramente, em determinados momento me vem a certeza de que todo o sofrimento humano possui sua origem no orgulho e na vaidade. Acreditar que se pode conquistar o céu por meio de forças adquiridas e desenvolvidas na terra caracteriza-se, com certeza, na mais grandiosa das ilusões humanas. Ilusão que, infelizmente, é partilhada por parcela significativa dos humanos. Se muitos não forem ajudados a desfazê-la pode significar o mergulho no eterno sofrimento. O problema é que as torres crescem com cada novo tijolo colocado. Com este crescimento amplia-se, também, a ilusão de que cada dia está mais próximo o objetivo almejado: chegar a Deus. Será?
É bom sempre repetir: somos criaturas e não criadores. Fomos criados à imagem e semelhança. Obter a síntese entre criação e evolução, aliás, obter a síntese entre os opostos, viabiliza que o olhar sobre nós mesmos se dê sem inflação. Considerar como nascimento o momento da encarnação é, talvez, o maior erro filosófico que cometem um grande número de pensadores. Não será neste mundo manifestado que as consciências irão experimentar a eternidade. Nada neste mundo é eterno. Nem ele mesmo. É um mundo escola onde as principais disciplinas são: amor ao criador, amor ao próximo, humildade e crescimento moral.
Existe uma fundamental diferença entre construção e crescimento. Constrói-se facilmente, inclusive nova personalidade. Existem técnicas, não importa quais, que atuando sobre centros pessoais passam a impressão, quase certeza, que certos estados negativos foram eliminados e positivos acrescentados ao viver. É pura ilusão. O que resulta de processos construtivos é, e será sempre, perecível. O que é deste mundo fica neste mundo. O que o mundo empresta, não dá, seja material, pisicológico ou mental, é do mundo. Nunca será nosso de verdade. É preciso ter muito cuidado em nossas buscas. Muitas vezes caminhamos resolutamente em direção ao que acreditamos ser verdadeiro e, depois de certo tempo, percebemos sobrar apenas a desilusão do esforço inútil.
O troféu final das caminhadas orientadas pelo mundo, mesmo que aplausos aconteçam durante a mesma, será sempre a desilusão do esforço inútil. A excitação mental é a arma utilizada pelo mundo para atrair os caminhantes. De forma direta, ou indireta, a mente após informada é capaz de imaginar o que foi prometido ao final da caminhada. É o vede e vinde. Vede, você vai encontrar as seguintes coisas, vinde. Descrições que a mente seja capaz de perceber, e imaginar de forma ampliada, são sempre do mundo. Servem tanto para incitar a caminhada em direção a uma bela praia como a paisagens espirituais fugazes.
O vinde e vede é o caminhar da fé. A mente não participa, e nem pode participar, desta caminhada. Sem vislumbre, sem excitações, sem coletivismo, sem tecnicismos, sem construções, solitária e sem ganhos aparentes. É assim a caminhada da fé. Entretanto, nela não há destino incerto. O caminhante sabe o que irá, com certeza, encontrar ao final da mesma. O que chega ao final desta caminhada não tem como dizer o que encontrou. O mundo dos “vivos” ficou definitivamente para trás.
Não é raro iniciar-se certas caminhadas esperando encontrar ao final poderes, aplausos e ampliação da influência sobre os outros. É preciso fugir destas caminhadas. Nada desencaminha mais que aplausos e honrarias. Existe uma máxima oculta que diz: “quando a plena sabedoria passa não existe ninguém para aplaudir”.
O uso de técnicas para ampliação de poderes pessoais - matérias, pisicológicos ou mentais – servem apenas para aumentar a ação individual sobre o mundo. O que de material, pisicológico ou mental se leva quando deixamos este mundo? “Esquecido de tudo desci, esquecido de tudo subi”.
É pelo desejo de ter, de ser e de poder que nascem muitos dos construtores de torres. Multiplicam-se aos milhares embalados pela grande ilusão de poder olhar o mundo do alto de suas “glorias”. Quantas torres continuam em pé? “O tempo trás, o tempo leva”. “Vaidade das vaidades. Tudo é vaidade. O que foi será, o que se fez, se tornará a fazer: nada de novo debaixo do sol!” – diz o Eclesiastes.
Construir torres é próprio dos que buscam a Deus sem afastar os olhos do si mesmo. E, infelizmente, estes se multiplicam aos milhares.
É bom sempre repetir: somos criaturas e não criadores. Fomos criados à imagem e semelhança. Obter a síntese entre criação e evolução, aliás, obter a síntese entre os opostos, viabiliza que o olhar sobre nós mesmos se dê sem inflação. Considerar como nascimento o momento da encarnação é, talvez, o maior erro filosófico que cometem um grande número de pensadores. Não será neste mundo manifestado que as consciências irão experimentar a eternidade. Nada neste mundo é eterno. Nem ele mesmo. É um mundo escola onde as principais disciplinas são: amor ao criador, amor ao próximo, humildade e crescimento moral.
Existe uma fundamental diferença entre construção e crescimento. Constrói-se facilmente, inclusive nova personalidade. Existem técnicas, não importa quais, que atuando sobre centros pessoais passam a impressão, quase certeza, que certos estados negativos foram eliminados e positivos acrescentados ao viver. É pura ilusão. O que resulta de processos construtivos é, e será sempre, perecível. O que é deste mundo fica neste mundo. O que o mundo empresta, não dá, seja material, pisicológico ou mental, é do mundo. Nunca será nosso de verdade. É preciso ter muito cuidado em nossas buscas. Muitas vezes caminhamos resolutamente em direção ao que acreditamos ser verdadeiro e, depois de certo tempo, percebemos sobrar apenas a desilusão do esforço inútil.
O troféu final das caminhadas orientadas pelo mundo, mesmo que aplausos aconteçam durante a mesma, será sempre a desilusão do esforço inútil. A excitação mental é a arma utilizada pelo mundo para atrair os caminhantes. De forma direta, ou indireta, a mente após informada é capaz de imaginar o que foi prometido ao final da caminhada. É o vede e vinde. Vede, você vai encontrar as seguintes coisas, vinde. Descrições que a mente seja capaz de perceber, e imaginar de forma ampliada, são sempre do mundo. Servem tanto para incitar a caminhada em direção a uma bela praia como a paisagens espirituais fugazes.
O vinde e vede é o caminhar da fé. A mente não participa, e nem pode participar, desta caminhada. Sem vislumbre, sem excitações, sem coletivismo, sem tecnicismos, sem construções, solitária e sem ganhos aparentes. É assim a caminhada da fé. Entretanto, nela não há destino incerto. O caminhante sabe o que irá, com certeza, encontrar ao final da mesma. O que chega ao final desta caminhada não tem como dizer o que encontrou. O mundo dos “vivos” ficou definitivamente para trás.
Não é raro iniciar-se certas caminhadas esperando encontrar ao final poderes, aplausos e ampliação da influência sobre os outros. É preciso fugir destas caminhadas. Nada desencaminha mais que aplausos e honrarias. Existe uma máxima oculta que diz: “quando a plena sabedoria passa não existe ninguém para aplaudir”.
O uso de técnicas para ampliação de poderes pessoais - matérias, pisicológicos ou mentais – servem apenas para aumentar a ação individual sobre o mundo. O que de material, pisicológico ou mental se leva quando deixamos este mundo? “Esquecido de tudo desci, esquecido de tudo subi”.
É pelo desejo de ter, de ser e de poder que nascem muitos dos construtores de torres. Multiplicam-se aos milhares embalados pela grande ilusão de poder olhar o mundo do alto de suas “glorias”. Quantas torres continuam em pé? “O tempo trás, o tempo leva”. “Vaidade das vaidades. Tudo é vaidade. O que foi será, o que se fez, se tornará a fazer: nada de novo debaixo do sol!” – diz o Eclesiastes.
Construir torres é próprio dos que buscam a Deus sem afastar os olhos do si mesmo. E, infelizmente, estes se multiplicam aos milhares.